Nesta segunda-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que tem a “esperança” de que seja feito um acordo para o cessar-fogo na Faixa de Gaza na próxima semana. EUA, Catar e Egito, os países intermediários, querem negociar um compromisso com Israel e o grupo terrotista Hamas visando trégua e troca de reféns por prisioneiros, além da chegada de ajuda humanitária no enclave palestino.
Em viagem a Nova York, o mandatário foi questionado sobre quando poderia haver uma possível pausa no conflito entre Israel e Hamas. O norte-americano, então, pontuou: “Meu assessor em segurança nacional me diz que estamos perto, não estamos lá ainda. Minha esperança é que tenhamos um cessar-fogo até a próxima segunda-feira”.
Nas últimas semanas, com o agravamento da crise humanitária em Gaza e da iminente ofensiva terrestre de Israel em Rafah, região que abrigam 1,5 milhão de palestinos que fogem da guerra, novas discussões sobre um plano de paz produzido pelos países mediadores do conflito se fortaleceram.
De acordo com o jornal O Globo, a primeira fase do plano acredita em uma trégua de seis semanas, uma troca de reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel e a entrada de comboios de ajuda humanitária em Gaza.
Israel exige que todos os reféns sejam liberados durante a pausa e destaca que a trégua não significa o fim da guerra. Já o Hamas, pede um cessar-fogo total, com a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza e o fim do bloqueio que Israel impôs em 2007. O grupo também quer que sejam criadas áreas seguras para as centenas de milhares de pessoas deslocadas pela guerra.
Em 7 de outubro, a guerra eclodiu, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza atacaram o sul de Israel e mataram ao menos 1.160 pessoas, sendo a maioria delas civis. Nesse ataque, cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas à Gaza. De acordo com Israel, 130 reféns permanecem detidos, 31 dos quais se acredita terem morrido.
Já a retaliação de Israel, já deixou 29.782 mortos em Gaza, também a maioria civis.