Nesta terça-feira (4), a colunista Míriam Leitão, do Globo, destacou como “boa notícia” o crescimento do PIB de 0,8% no primeiro trimestre de 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confira alguns trechos:
O primeiro trimestre do ano foi bom, o PIB cresceu 0,8%, frente ao trimestre anterior, mais do que o inicialmente previsto pelo mercado. Além disso, houve queda do desemprego e queda da inflação, dois dados que não costumam cair juntos.
Isso é ainda mais notável quando há um aumento da renda, como houve. Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 78,3 bi, 3,2% mais do que no ano passado. Tanto a exportação, quanto o saldo de US$ 19 bi, foram recordes. (…)
A desinflação tem sido rápida. Para se ter uma ideia, a inflação que terminou o ano passado em 4,62%, chegou em março meio ponto mais baixa, em 3,9%. Em abril, o acumulado em doze meses foi de 3,69%, quase um ponto percentual menor em apenas quatro meses. O ano será muito diferente de 2023.
— O destaque é o oposto do que foi no ano anterior. Em 2023, o crescimento foi basicamente o agro. Desta vez, o destaque são os serviços, mas há três impulsos, o primeiro é o mercado de trabalho muito forte. É impressionante, a taxa de desemprego não para de cair, tanto no IBGE, quanto no Caged. O segundo impulso tem a ver com o crédito. E o terceiro impulso, que explica a história dos serviços, é o gasto público. A expansão fiscal pode trazer preocupação no médio prazo, mas no curto prazo ajuda o crescimento — diz o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani. (…)
Independentemente do número, o que os economistas têm repetido é que a qualidade desse crescimento será maior do que o do ano passado, que foi muito concentrado num único setor, o agronegócio. Nos dados divulgados hoje pelo IBGE, o crescimento estará mais espalhado pela economia, como um todo.
Apesar das notícias boas do trimestre, a tragédia do Rio Grande do Sul impedirá que se reveja para cima as previsões para o ano. O PIB gaúcho deve ter uma queda de 20% a 30% no segundo semestre, o que é muito forte, mas ao mesmo tempo deve ter uma recuperação rápida, na estatística, como efeito dos estímulos da reconstrução. Ainda que o estado precise de tempo para se recuperar de toda a violência da crise climática, os indicadores do ano econômico devem mostrar um mergulho no segundo trimestre e dados positivos nos últimos trimestres.
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