Boca de urna aponta vitória da esquerda no segundo turno das eleições na França

Atualizado em 7 de julho de 2024 às 16:07
O presidente Macron e a mulher votaram em Le Touquet. MOHAMMED BADRA / POOL / AFP

A aliança da esquerda Nova Frente Popular venceu o segundo turno das eleições legislativas francesas, de acordo com as projeções Ipsos, Ifop e Elab.

Segundo a estimativa Ipsos, a Nova Frente Popular (NFP) elegeu entre 172 e 192 deputados, superando o campo do presidente Emmanuel Macron, Juntos pela República, que obteve entre 150 e 170 assentos. O partido Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, que estava à frente nas pesquisas, ficará com entre 132 e 152 cadeiras. Antes, esses blocos tinham, respectivamente, 150, 250 e 89 deputados.

A pesquisa Ifop apresenta resultados semelhantes, com a esquerda conquistando entre 180 e 215 deputados, Macron entre 150 e 180, e o RN entre 120 e 150.

Já a pesquisa Elab estima que a NFP terá de 175 a 205 deputados, o Ensemble (campo de Macron) entre 150 e 175, e o RN entre 115 e 150.

O presidente francês ainda não discursou, mas através do seu gabinete já mandou recados. Macron pediu “cautela” alegando que os resultados não respondem claramente à questão de “quem vai governar”.

A Assembleia Nacional possui 577 assentos; são necessários 289 cadeiras para a formação de uma maioria capaz de definir o primeiro-ministro. Embora ainda não tenham batido o martelo sobre a união, líderes do bloco esquerdista indicaram que poderiam se aliar ao centro com esse objetivo.

A participação eleitoral foi superior a 67%, segundo todas as sondagens, marcando um aumento em relação à primeira volta, que teve 66,7%, e significativamente maior do que os 46,2% da segunda volta das legislativas de 2022, estabelecendo um recorde desde as eleições de 1997.

Jean-Luc Mélenchon

Jean-Luc Mélenchon, líder do partido França Insubmissa, reagiu positivamente às projeções, saudando a mobilização eleitoral que, segundo ele, alcançou um resultado que muitos consideravam impossível. Ele destacou que a Reunião Nacional está longe de obter uma maioria absoluta, o que representa um grande alívio para milhões de pessoas.

Mélenchon expressou confiança de que a vontade popular expressa nas urnas deve ser respeitada, e afirmou que o presidente Macron tem o dever de reconhecer e apoiar a Nova Frente Popular para formar o governo. Segundo ele, a aliança está pronta para assumir essa responsabilidade.

O líder do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), Jordan Bardella, pau mandado de Marine Le Pen, disse que o país foi jogado nos braços da esquerda.

Bardella, 28 anos, disse que as eleições antecipadas convocadas pelo presidente, Emmanuel Macron, e os acordos políticos jogaram o país “nos braços de Mélenchon (político que é um dos líderes da esquerda francesa)”. Ele afirmou que seu partido vai amplificar o trabalho na oposição e chamou um provável acordo entre esquerda e centro de “aliança da desonra”.

Os resultados oficiais ainda não foram divulgados. Eis a boca de urna:

  • Nova Frente Popular (esquerda): entre 172 e 192 assentos
  • Juntos (governista, de centro): entre 150 e 170 assentos
  • Reunião Nacional (extrema direita): entre 132 e 152 assentos

A Assembleia Nacional possui 577 assentos e são necessários 289 cadeiras para a formação de uma maioria capaz de definir o primeiro-ministro.

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