Na última quarta-feira (10), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), comentou a desistência de seu filho, Filipe Mello, em assumir a Casa Civil. Durante coletiva de imprensa, o bolsonarista enfatizou que Filipe não necessita de uma “boquinha” e aproveitou o momento para provocar o desembargador João Marcos Buch, do Tribunal de Justiça (TJSC).
O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) referiu-se à oposição como “boca torta”, uma referência à cicatriz no rosto do magistrado. Na semana anterior, Buch concedeu uma liminar que vetava a nomeação de Filipe por nepotismo.
“Primeiro, o Filipe não precisa de emprego. Ele sempre me ajudou e vai continuar ajudando (…) Para que criar polêmica? O governo está voando. Para que dar margem para alguma oposição boca torta, que talvez encoste um filho para ganhar uma boquinha. A gente não precisa disso, graças a Deus”, disse Jorginho Mello.
A cicatriz no rosto de Buch é resultado de um acidente com uma arma de fogo ocorrido quando o desembargador tinha apenas dez anos. Durante uma brincadeira, ele foi atingido por um tiro de raspão disparado por seu irmão, que acreditava que a arma estava descarregada.
Vale destacar que nomeação de Filipe foi contestada pelo partido de esquerda no TJSC, inicialmente respaldada pelo desembargador. Entretanto, na segunda-feira, a liminar que impedia a nomeação foi revogada. No dia seguinte, Filipe anunciou sua decisão de desistir do cargo.
?BAIXARIA – Frustrado por não conseguir nomear o próprio filho para secretário, governador Jorginho chama a oposição de "boca torta", em nítida e jocosa referência ao desembargador João Marcos Buch, que possui uma cicatriz no rosto. Buch deu a 1ª decisão liminar ao PSOL… pic.twitter.com/C2xyYFddax
— Leonel Camasão Cordeiro ? (@camasao50) January 10, 2024