O empresário bolsonarista Junior Durski, fundador e CEO do grupo Madero, fechou duas unidades da hamburgueria Jeronimo em São Paulo, uma na Vila Madalena e outra em Pinheiros. A empresa passa por uma reestruturação nas finanças. Com informações do Estadão.
A dívida líquida, de R$ 898,8 milhões, representa 70% da receita líquida do Madero em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. A empresa tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas.
Nesta semana, a companhia anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com o Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual. A empresa também assinou um aditivo em relação à quarta emissão de debêntures (títulos de dívida).
Além da marca própria e da hamburgueria Jeronimo, a empresa tem lojas da Legno, de comida italiana, e da Dundee, de frango frito. A marca Jeronimo, que leva o nome do tataravô de Junior Durski, foi criada em 2017 pelo bolsonarista.
Segundo a empresa, a marca Jeronimo não deixará de existir. Trata-se apenas de uma gestão de portfólio de lojas, considerando a rentabilidade de cada unidade.
Sérgio Molinari, sócio fundador da Food Consulting, afirma que o endividamento do Madero se dá devido ao seu modelo de negócios.
Para o especialista, o fechamento de unidades de uma rede como o Jeronimo não é um sinal positivo, especialmente porque a rede depende de um alto volume de tráfego para ter rentabilidade.