A bolsonarista que aparece num vídeo marcando a ferro em brasa um bezerro se explicou em suas redes sociais.
“Eu não marquei 22 na cara do bezerro por conta do Bolsonaro, não. É porque você marca na cara do bezerro o ano, na paleta você marca o mês e atrás, na anca do bezerro, você marca a marca da propriedade, no caso a do meu pai é F1”, disse Fernanda Paula Kajozi num vídeo no Instagram.
“Eu apenas filmei fazendo um procedimento que desde o mês um está fazendo e até o mês 12 vai estar fazendo. Ano que vem vai ser 23 e assim sucessivamente. Então não tem nada a ver com Bolsonaro. Mas eu sou Bolsonaro”.
O caso aconteceu em Palmas, no Tocantins. O Conselho Regional de Medicina Veterinária vai investigá-la. De acordo com o Ministério da Agricultura, há uma liberação para marcação no rosto para vacinação e controle de rebanho — jamais, no entanto, como Fernanda fez, com o número de Jair Bolsonaro.
No caso de fêmeas vacinadas contra a brucelose, o que especialistas apontam ser o caso em pauta, o padrão é usar a sigla ‘V’ seguida do último algarismo do número de vacinação. No caso, seguindo a orientação do Ministério da Agricultura, a marcação deveria ser V2.
Gente sádica, cruel, ruim, má, asquerosa, repugnante. O Brasil não pode ser isso. pic.twitter.com/ko6Wwz6Cln
— Antonio Tabet (@antoniotabet) October 19, 2022