Bolsonaristas ocupam o Palácio da Alvorada no dia da diplomação de Lula

Atualizado em 12 de dezembro de 2022 às 16:23
Bolsonaristas se reúnem em frente ao Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na madrugada desta segunda-feira (12), os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam o gramado do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República, para continuar as manifestações golpistas contra a vitória e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, na tarde desta segunda, agora, foi diplomado presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em vários grupos de extrema-direita do Telegram e em outras redes sociais, os bolsonaristas informaram que os portões do Alvorada foram abertos durante a noite para que eles se aproximassem da residência do ex-capitão. Segundo os manifestantes, a primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), mandou servir lanches e refrigerantes para o pessoal que está participando dos protestos.

Ainda assim, a alta movimentação de bolsonaristas em canais do Telegram entrou em colapso. O resultado das urnas afetou diretamente o volume de compartilhamentos que geram desinformações. Sites de extrema-direita excluíram mais da metade de seus links após as eleições.

Nas redes sociais, circulam vários vídeos em que simpatizantes do chefe do Executivo aparecem entrando no gramado do Alvorada e aparecem “convocando” outros apoiadores golpistas para que se dirijam ao local.

Os golpistas também divulgaram mensagens convocando mais apoiadores para o protesto antidemocrático e subiram a hashtag “Alvorada” no Twitter. O bolsonarista Sérgio Camargo (PL), o ex-presidente da Fundação Palmares, foi um dos manifestantes conhecidos que incitaram os apoiadores de Bolsonaro a irem até o local.

“O Palácio da Alvorada, de portões abertos, está no topo do Twitter e humilha a diplomação. Bolsonaro tem o povo”, escreveu o ex-presidente da fundação.

https://twitter.com/CamargoDireita/status/1602248450350931968?s=20&t=18Zl81Nnbrpmky_BLF-YGA

Na tarde deste domingo (11), o chefe do Executivo, por sua vez, foi cumprimentar os apoiadores que já estavam na área externa do Alvorada e participou de uma oração, mas, novamente, se manteve em silêncio absoluto. Já na sexta-feira (9), ainda assim, o presidente “provocou” os manifestantes dizendo que sua função é ser “o chefe supremo” das Forças Armadas e que os militares serão “o último obstáculo para o socialismo”.

“O destino é o povo que tem que tomar. Quem decide o meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês, quem decide para onde vai Câmara e Senado são vocês também”, disse na ocasião, segundo a revista Veja.

A movimentação dos bolsonaristas foi comparada por muitos internautas como sendo uma tentativa frustrada de reproduzir, no Brasil, o episódio da invasão do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em janeiro de 2021, por apoiadores do presidente Donald Trump, que estavam inconformados com a vitória de Joe Biden.

Veja:

https://twitter.com/tia_glo/status/1602143953532473345?s=20&t=18Zl81Nnbrpmky_BLF-YGA

https://twitter.com/RTdaFlaTT/status/1602335255679180800?s=20&t=18Zl81Nnbrpmky_BLF-YGA

https://twitter.com/eas_info_br/status/1602282276657762304?s=20&t=46Taz7pfwsZp-aBmrtmb0g

https://twitter.com/CamargoDireita/status/1602307984599695362?s=20&t=18Zl81Nnbrpmky_BLF-YGA

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