Bolsonaristas perseguem fotógrafo da Reuters com fake news de que ele estava infiltrado no 8/1

Atualizado em 24 de abril de 2023 às 17:12
Terroristas destroem mobília do Palácio do Planalto. Foto: Reuters

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro têm perseguido o fotógrafo Adriano Machado, da agência de notícias Reuters, por registrar imagens de terroristas durante a invasão de 8 de janeiro ao Palácio do Planalto. Segundo os bolsonaristas, Machado teria sido parte de uma “encenação” do PT durante o ato dos vândalos.

Um dos “indícios” da armação seria o fato de o profissional ter fotografado a posse presidencial de Lula e ter sido creditado pelo petista nas redes sociais. Os bolsonaristas têm usado imagens feitas pela Reuters para provar a “armação”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é um dos responsáveis por coordenar a nova narrativa. Segundo o filho do ex-presidente, o fotógrafo registrou a invasão como se fosse “uma gravação de cinema” com “atores”.

Ao contrário do que sugere a narrativa bolsonarista, os invasores não são atores. Um dos terroristas fotografados pela Reuters foi identificado. Vitório, que foi flagrado durante o ataque, é um militar da reserva que participa de atos golpistas desde 2020.

O bolsonarista foi filmado em março daquele ano durante uma manifestação que pedia “álcool e fogo” contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja:

Com a divulgação de novas imagens do dia das invasões, parlamentares bolsonaristas no Congresso Nacional começaram a recuar na luta pela abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os ataques terroristas de 8 de janeiro.

Apesar de terem investido na mobilização para instalar o colegiado nas últimas semanas, os aliados de Bolsonaro iniciaram um movimento de desmobilização nos bastidores.

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