Bolsonaristas que ameaçaram Moraes citaram “comunismo” e “antipatriotismo”

Atualizado em 31 de maio de 2024 às 17:07
O ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) após o ataque terrorista de 8 de janeiro. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que as ameaças feitas por bolsonaristas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citavam “comunismo” e “antipatriotismo”. As declarações constam na denúncia do órgão contra os irmãos Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Junior foram presos na manhã desta sexta-feira (31) pelo crime.

As ameaças feitas pela dupla tinham como objetivo “restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8 de janeiro”, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

“A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, diz a denúncia da PGR.

Irmãos também são investigados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Foto: Agência Brasil

Os irmãos enviaram e-mails para os familiares do ministro durante uma semana e citaram as rotinas deles nas mensagens enviadas, o que motivou a investigação pelos crimes de ameaça e perseguição (stalking). As ameaças incluíam uso de bombas.

A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão contra Raul e Oliverino nesta sexta, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, além de outros cinco de busca e apreensão nas mesmas cidades.

Em nota, Moraes afirmou que os irmãos também são investigados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, já que as mensagens faziam referência ao “comunismo” e “antipatriotismo”.

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