Bolsonaristas surtam com Santa Ceia de drags na abertura da Olimpíada

Atualizado em 27 de julho de 2024 às 8:17
Representação da Santa Ceia nas Olimpíadas de Paris. Foto: reprodução

Durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a organização priorizou o lema que guia a França desde a revolução que aconteceu no fim do Século 18: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Como resultado, artistas imigrantes, negros, transsexuais, homossexuais e drags foram protagonistas no show de diversidade representando a santa ceia desta sexta-feira (26).

Nas redes sociais, porém, a pluralidade não agradou os usuários de extrema-direita que assistiram. O termo Woke, que começou a ser usado nos Estados Unidos para descrever uma suposta imposição das pautas progressistas na cultura mundial, ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais com inúmeras críticas às performances.

Em um dos atos da cerimônia, a DJ Barbara Butch ficou ao centro de um enquadramento cercada de bailarinos gays e trans em uma releitura do quadro “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi ao X, antigo Twitter, para dizer que “com Deus não se brinca”, citando uma passagem bíblica.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou sobre o evento. Em sua conta, ele escreveu que “as Olimpíadas começaram fazendo uma zombaria demoníaca da fé cristã”.

O bolsonarista, que ficou famoso ao expor uma aluna de 14 anos em um banheiro de uma escola, também compartilhou um post que reclamava da presença de “crianças nessas coisas LGBT”, querendo associar a uma possível pedofilia pela simples participação infantil na performance.

Usuários de extrema-direita também relembraram o atentado contra a redação responsável pela revista Charlie Hebdo, que deixou 12 pessoas mortas em 2015 como um protesto muçulmanos por piadas feitas contra Maomé, o profeta da religião árabe.

Ao reclamar do evento, uma influencer bolsonarista publicou uma comparação xenofóbica contra os povos muçulmanos. Ela afirmou que Paris aprendeu com o atentado de 9 anos atrás, por isso, supostamente, resolveu “mexer com o cristianismo”, sem finalizar a frase, ela deixou em aberto o que poderia acontecer, na visão dela, caso abordasse uma cultura da qual a França não faz parte.

O ex-comentarista da Jovem Pan, Marco Antônio Costa, publicou que a celebração foi “uma blasfêmia e heresia patrocinada pelos globalistas. Veja mais algumas reclamações: 

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