Moraes ordena que Bolsonaro preste depoimento à Polícia Federal na sexta

Atualizado em 27 de janeiro de 2022 às 18:47
Foto de Alexandre de Moraes com olhar desconfiado, segurando alguns papéis com a mão esquerda. Ele é calvo e sem barba.
Moraes negou pedido da AGU, que solicitou que Bolsonaro não comparecesse. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o presidente Bolsonaro (PL) compareça pessoalmente à Superintendência da Polícia Federal na próxima sexta-feira (28).  Ele deverá prestar depoimento sobre vazamento de documentos sigilosas em uma das investigações da PF.

A Advocacia-Geral da União (AGU) havia enviado um pedido para que Bolsonaro não comparecesse ao depoimento, que se venceria na próxima sexta-feira. No entanto, Moaraes não atendeu e pediu que o presidente comparecesse pessoalmente no dia e horário marcados.

“Em momento algum, a imprescindibilidade do absoluto respeito ao direito ao silêncio e ao privilégio da não autoincrimnação constitui obstáculo intransponível à obrigatoriedade de participação dos investigados nos legítimos atos de persecução penal estatal ou mesmo uma autorização para que possam ditar a realização de atos procedimentais ou o encerramento da investigação, sem o respeito ao devido processo legal”, escreveu o ministro.

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Inquérito envolvendo Bolsonaro investiga vazamento de documentos sigilosos

Há uma suspeita de vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal em um ataque hacker que aconteceu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O inquérito foi aberto pelo STF e tem Alexandre de Moraes como relator.

Bolsonaro divulgou o documento em rede social e durante a transmissão ao vivo em que divulgou informações falsas sobre urnas eletrônicas. O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas questões burocráticas para a PF encerrar a investigação.

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