Bolsonaro ataca STF e marca manifestações antidemocráticas para o auge da campanha eleitoral

O também presidente insinua que se arrependeu de ter recuado das ameaças feitas pelo STF em setembro do ano passado

Atualizado em 7 de junho de 2022 às 15:03
Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

Em entrevista ao SBT, nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar diretamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e explicou a manifestação a seu favor que seu eleitorado está organizando, a qual entende-se como um ”novo 7 de setembro”, que reunirá apoiadores de sua candidatura e opositores dos membros do Judiciário em todo o país.

“[Quando falo ir à guerra pela liberdade] É ir às ruas, mas não apenas ir às ruas, é saber o que eu pretendo fazer em ato contínuo. A população indo às ruas não sensibiliza Alexandre de Moraes, [Edson] Fachin, [Luís Roberto] Barroso. Eles estão num propósito de botar a esquerda no poder novamente”, declarou o atual presidente.

“O que está sendo organizado, por exemplo, é um 7 de setembro em que a presença do povo estaria demonstrando de que lado estão”, explicou.

Ao continuar, Bolsonaro diz que “Eles querem aproveitar a data para ter uma grande concentração de pessoas em São Paulo, nas capitais e aqui em Brasília. Vai ser um 7 de setembro e também um apoio a um possível candidato que esteja disputando, isso está mais do que claro”, e complementou: “É uma demonstração pública de que grande parte da população apoia um certo candidato, enquanto o outro lado, do outro candidato, não consegue juntar gente em lugar nenhum do Brasil”.

Após retomar o assunto das urnas eletrônicas, o chefe do Executivo deu a entender que se arrependeu de ter recuado das ameaças de não cumprir decisões do STF feitas em setembro do ano passado, geradas por um dos momentos mais tensos entre o Executivo e o Jurídico.

O presidente conta, ainda, que a carta escrita por Michael Temer em seu nome na época, só aconteceu pois o ministro Alexandre de Moraes e ele haviam entrado em uma espécie de acordo.

“Vou dizer uma coisa que não falei pra ninguém: estava eu e o Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para o Alexandre de Moraes, conversamos por 3 vezes com ele. Combinamos certas coisas para assinar aquela carta. Ele não cumpriu nenhum dos itens que combinei com ele”, alegou.

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