O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou que o seu filho mais novo, Jair Renan, retirasse presentes do arquivo da Presidência da República, segundo troca de e-mails dos ajudantes de ordem do ex-chefe do Executivo.
As mensagens, obtidas pelo Metrópoles, foram enviadas para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
De acordo com os e-mails, o filho “04” do ex-presidente retirou presentes do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) em 12 de julho do ano passado. A então coordenadora de Acervo Museológico do GADH, Marjorie de Freitas Guedes, teria informado que Renan deveria selecionar e indicar quais itens gostaria de levar quando fosse buscá-los.
Renan, no entanto, só poderia retirar os presentes após autorização do seu pai. As mensagens indicam que os presentes foram selecionados no dia 7 de julho.
O GADH integra a estrutura do gabinete pessoal do presidente da República, e é a área responsável por organizar o acervo privado do presidente e definir o destino dos presentes recebidos pela presidência.
É este órgão que define quais objetos serão incorporados ao acervo pessoal do presidente e quais devem ser incorporados ao patrimônio da União. Para ser definido como acervo privado, o Tribunal de Contas da União (TCU) já apontou que o objeto precisa ser de uso personalíssimo e de baixo valor.