Jair Bolsonaro burlou regras para garantir recursos do cartão corporativo durante motociatas. A estratégia do ex-presidente era incluir agendas oficiais em igrejas evangélicas e em cerimônias militares para desviar recursos e bancar a estrutura de segurança no passeio com apoiadores. A informação é do blog do Vicente no Correio Braziliense.
Cada evento com o presidente demandava cerca de 40 seguranças, já que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) determinava que o então presidente precisaria de 160 agentes se participasse de quatro eventos no mesmo dia.
Com isso, os custos das agendas do ex-presidente eram elevadas, já que cada segurança tem direito a quatro refeições simples. As despesas ainda contavam com transportes e pernoite em hotéis, além de bancar toda a família com o cartão corporativo em viagens particulares. Desde 2020 as despesas com familiares de Bolsonaro passaram a ser feitas por meio de cartões corporativos do GSI.
Uma servidora foi exonerada por se recusar a pagar os gastos das motociatas com cartão corporativo. Ela não quis assinar faturas para pagamentos dos eventos com patrocinadores, que tinham gastos elevados e valores não compatíveis com a moralidade pública.