A possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter se adiantado e incluido as joias sauditas em seu acervo pessoal antes mesmo da liberação dos itens apreendidos pela Receita Federal também é investigada pela Polícia Federal (PF).
O lançamento teria ocorrido no dia 29 de dezembro, mesmo dia em que também foram lançados os cinco itens da caixa que passou escondida pela alfândega de Guarulhos.
O ex-capitão montou uma operação para tentar liberar as joias. Três dias antes do fim de seu mandato e um dia antes de fugir para os EUA, Bolsonaro teria contatado o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva e o mesmo foi à alfândega em Guarulhos com uma suposta ordem da chefia da Receita para que as joias fossem liberadas. O agente aduaneiro, no entanto, não cedeu e apontou falta de documentos necessários à operação.
O servidor da Receita cobrou a apresentação do Ato de Destinação da Mercadoria (ADM), que deveria informar se as joias iriam para o acervo da União ou para o patrimônio pessoal de Bolsonaro.
Diante do fracasso da operação, a funcionária responsável pelo Departamento de Documentação Histórica excluiu os dois ofícios do registro oficial no dia 3 de janeiro.
A Polícia Federal tenta recuperar os ofícios excluídos e deve interrogar a funcionária responsável pelos registros que, segundo investigadores, estaria apenas cumprindo ordens que vinham do gabinete da Presidência da República.
O inventário do acervo pessoal do presidente da República acabou encerrando a lista dos bens de Bolsonaro com os cinco itens que estavam na caixa que não foi apreendida pela Receita Federal, avaliados em cerca de R$ 400 mil.
Bolsonaro tem de devolver os bens, por conta do valor, ou então pagar tributos de importação e multa pela entrada irregular das joias.
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