Publicado originalmente no “Tijolaço”
O nervosismo de Jair Bolsonaro com a derrota iminente o está levando para um ataque de nervos.
Ou para a simulação de um, para despertar solidariedade de seus adeptos, a escolher.
Hoje, numa live ainda mais tosca que a anterior, com um cartazete pregado na camisa onde se lia um “Bolsochelle” , assistiu-se um Bolsonaro aos berros, irritado com a quebra do sigilo bancário de seu ajudante de ordens, Coronel Mauro Cesar Cid, que, numa reportagem da Folha de S.Paulo, revelou movimentações financeiras suspeitas para pagamentos de despesas particulares da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No melhor estilo “porta de botequim”, desarvorado, negou que tivesse usado usado o cartão corporativo para “pagar o cabeleireiro da minha esposa” ou para remunerar a tia de Michelle que seria babá de sua filha.
Bota o valor total aí. Já tá errado porque o Alexandre de Moraes vazou. Foi o Alexandre de Moraes que vazou, não vem culpar a PF não. Esse pessoal da PF, Alexandre de Moraes, come na tua mão. Então foi você que vazou. Vazou, para quê? Para, na reta final [das eleições], criar um clima… (…) Alexandre, você mexer comigo é uma coisa, mexer com a minha esposa ultrapassou todos os limites. Tu tá pensando o quê da vida? Que você pode tudo? E tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? […] Esqueça a minha esposa”.
Não dá para saber até onde a escalada de agressões e xingamentos de Bolsonaro irá.
Há quem aposte que ele vai repetir o comportamento de “touro amarrado” do debate do SBT no encontro de candidatos da Globo, depois de amanhã. Eu não aposto.