A divulgação da pesquisa Datafolha causou em Bolsonaro diversas sensações. Em um primeiro momento, ele não deu a menor importância. Depois, fez algumas piadas sobre o levantamento. Mais tarde, realizou questionamentos sobre a métrica dos dados. Por fim, começou a se preocupar.
Conforme apurou o DCM, o presidente deixou claro aos aliados que não acredita em pesquisas eleitorais. Na visão dele, ele tem o carinho de boa parcela do povo brasileiro. A oposição é menor do que “a imprensa tenta vender”, é o que afirmou.
Após a irritação inicial, brincou com a cúpula do seu governo sobre os dados. Ele fez piadas em alguns grupos e afirmou para alguns assessores que eles continuariam no Planalto em 2023. “Se o Datafolha diz que estou perdendo, é porque estou ganhando”, divertiu-se.
Só que a repercussão sobre a liderança de Lula tomou conta dos corredores de Brasília. E o Centrão não segue a ideologia bolsonarista. Alguns aliados demonstraram preocupação para o presidente. Bolsonaro até tentou acalmá-lo e desmerecer o Datafolha. Mas não adiantou.
Por conta disso, buscou informações da métrica do levantamento. Ao escutar, continuou não acreditando muito. Só que a fisionomia não era mais a mesma. Ele percebeu que o “terraplanismo” de pesquisa só funciona com a base dele. Os parlamentares dão credibilidade ao instituto.
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Bolsonaro ficou preocupado
Ora o presidente acredita que não vai vencer em 2022, ora tem total certeza que levará. É nesta gangorra que ele vive há um bom tempo. Quando viu a pesquisa, não acreditou. Mas sua preocupação é com o Centrão. A grande maioria dos parlamentares aliados do governo tem certeza da liderança de Lula.
Por conta disso, o presidente tem muita preocupação que nomes do Congresso Nacional o abandonem. Com possível enfraquecimento político, ele chegaria ainda mais desgastado em 2022. Se chegar até lá, já que perder a Câmara pode representar o impeachment dele.
Sendo assim, ele seguirá pressionando a equipe econômica para tentar mudar o panorama da vida dos brasileiros. Com Guedes no comando, há gente do próprio governo que não acredita nesta virada.