Bolsonaro decidiu pedir impeachment de Alexandre de Moraes após operação feita pela Polícia Federal nesta sexta (20). A PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão. Os bolsonaristas Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula (PSC) foram alvos, assim como outras oito pessoas.
Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Tal atitude irritou o presidente. Com o documento pronto, ele definiu que precisava dar uma resposta. Ele foi na contramão do pedido feito por Ciro Nogueira, seu Ministro da Casa Civil.
O senador licenciado havia prometido a Fux que controlaria o chefe do Executivo e os três Poderes iriam dialogar melhor. Poucos dias depois, o político foi desmoralizado pelo seu atual patrão. Ele pediu o impeachment de Moraes.
Sérgio Reis, Otoni e os outros alvos tentam manter a pose e demonstram publicamente que não se intimidaram. Porém, nos bastidores, há um grande temor dos bolsonaristas. O STF não está de brincadeira. Os ministros não vão mais aceitar ataques a democracia.
Então Bolsonaro dobrou a aposta, conforme apurou o DCM. Ele pediu o impeachment. Não houve qualquer preocupação com a desmoralização de Ciro Nogueira e de outros membros do centrão.
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Bolsonaro e o caos
Todos da ala do presidente esperavam uma resposta do Supremo contra Sérgio Reis. Mas a surpresa foi transformar Otoni em alvo. O presidente e seus aliados mais ideológicos passaram a acreditar que precisavam responder.
Houve até uma tentativa dos mais “equilibrados” a convencê-lo a não entrar na briga. Só que, diferente do que fez com Daniel Silveira e outros aliados, ele partiu para confusão. Agora o clima pesou de vez entre os três Poderes.