O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não irá demitir o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e preocupa aliados, que veem a imagem do chefe do Executivo prejudicada caso envolvimento do líder do MEC com esquema de propinas seja comprovado.
Evangélicos aliados do Planalto acham melhor que o ministro se licencie do cargo enquanto as investigações da Polícia Federal estiverem em andamento. O pastor Silas Malafaia, um dos que defendem a estratégia, disse que à Folha que esse seria um “caminho bom”.
“Se ele não tem nada, volte [ao cargo]. Se tem alguma coisa, que pague o preço. Acho que não tem nenhum problema ele se licenciar enquanto se vê isso”, afirmou.
Mesmo com a proporção do escândalo envolvendo pastores ligados ao Ministério da Educação, aliados do presidente avaliam que dificilmente o ministro sairá do cargo.
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Integrantes do governo temem que Bolsonaro seja associado à corrupção
Entre os que estão tensos com o escândalo, há a preocupação de que o governo Bolsonaro seja associado à corrupção, após tolerar as irregularidades encontradas no MEC, que envolviam um esquema de propinas em troca de financiamento público para as prefeituras.
Durante a tradicional live de quinta, o presidente disse que “O Milton, coisa rara de eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele.”
Já outras pessoas no Planalto avaliam que a saída de Ribeiro poderia desencadear uma briga internar para assumir o cargo no ministério.
Milton Ribeiro está sob investigação da Polícia Federal, além da Controladoria Geral da União (CGU) ter decidido reabrir as apurações. A ordem é de que a controladoria escute todos os prefeitos que apresentaram denúncias contra os pastores do MEC.