O ex-presidente depõe nesta quarta (18) à Polícia Federal no âmbito de inquérito que investiga empresários que defenderam golpe caso Lula vencesse as eleições de 2022. O caso tem a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi parcialmente arquivado.
A PF convocou Bolsonaro para depor no fim de agosto, mas seus advogados pediram um adiamento da oitiva. Ele foi intimado para depor após a corporação encontrar conversar com Meyer Nigri e por sua relação com Luciano Hang.
Em mensagens a Nigri, Bolsonaro pediu que ele repassasse “ao máximo” uma mensagem que sugeria fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O ministro Barroso faz peregrinação no exterior sobre o atual processo eleitoral brasileiro, como sendo algo seguro e confiável. O pior, mente sobre o que se tentou aprovar em 2021: o voto impresso ao lado da urna eletrônica, quando ele se reuniu com lideranças partidárias e o Voto Impresso foi derrotado. Isso chama-se INTERFERENCIA, diz mensagem enviada por Bolsonaro.
A revelação das conversas resultou em mandados de busca e apreensão contra os empresários em agosto de 2022. O caso foi arquivado em agosto deste ano por Moraes, mas o ministro decidiu manter a investigação sobre Nigri, alegando que era necessário fazer novas diligências já que há um vínculo com Bolsonaro.
Segundo investigadores, a relação do empresário com o ex-presidente tinha a “finalidade de disseminação de várias notícias falsas e atentatórias à democracia e ao Estado democrático de Direito”.
Com o arquivamento, seis empresários foram livrados da investigação: José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Bandeira (Coco Bambu).