O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou tirar dinheiro da Saúde e da Educação caso o Congresso derrube o veto dos absorventes em entrevista neste domingo (10).
O mandatário disse que vetou o projeto sobre pobreza menstrual por temer ser enquadrado em crime de responsabilidade, que poderia levar ao processo de impeachment.
“Vamos falar sobre absorventes?”, perguntou.
“Está uma onda terrível. O ‘malvadão’ do Bolsonaro vetou o projeto do absorventes, do modes”, ironizou o presidente.
“Se o Congresso derrubar o veto do absorvente, vou tirar dinheiro da saúde e da educação”, afirmou ele.
Bolsonaro insiste que não foi apresentada a fonte de custeio do projeto. Contudo, o texto da proposta aponta de onde os recursos sairiam. Ou seja, mais uma fake news do presidente.
O projeto teria uma despesa de 84,5 milhões por ano, levando em conta oito absorventes ao mês/mulher.
Detalhe: as verbas sairiam do programa de Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). No caso das presas, os recursos seriam do Fundo Penitenciário Nacional.
A declaração ocorreu após o presidente dizer que foi barrado no jogo dos Santos por não ter se vacinado contra a covid.
Veja abaixo:
“Se o congresso derrubar o veto do absorvente, vou tirar dinheiro da saúde e da educação”, diz @jairbolsonaro.
Presidente disse que vetou o projeto sobre pobreza menstrual por temer impeachment e sugeriu que a deputada @tabataamaralsp compre os itens com sua verba de gabinete. pic.twitter.com/B4J1leWjQf
— Metrópoles (@Metropoles) October 10, 2021
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Bolsonaro cita Tabata Amaral
O mandatário sugeriu que a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) use a verba de seu gabinete para comprar os absorventes.
O presidente assumiu, erroneamente, que a parlamentar é autora do projeto.
A autora, na verdade, é Marília Arraes, mas a proposição leva a assinatura de outros parlamentares do partido.