Bolsonaro diz que é ‘imbrochável’ e que pode deixar o Brasil caso se torne inelegível

Atualizado em 27 de junho de 2023 às 7:16
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em relação a sua possível inelegibilidade, que é “imbrochável até que se prove o contrário”. Ele também disse que não vai se “desesperar” caso perca os direitos políticos e revela que tem um plano de fuga do país:

Confira alguns trechos:

(…) Mas agora o senhor perdeu a eleição e provavelmente vai se tornar inelegível. Qual é o seu sentimento? A tendência, o que todo o mundo diz, é que eu vou me tornar inelegível.

Sim. Mas eu queria insistir: o senhor está triste? Ou animado para brigar? Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer?

Mas qual é o seu sentimento? Eu sou imbrochável até que se prove o contrário. Vou continuar fazendo a minha parte. (…)

Outro possível candidato da direita, caso o senhor fique inelegível, é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ele é um excelente gestor. (…)

Mas, se não for ele, quem seria? Não, isso, não. Por enquanto… Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar. (…)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Adriano Machado

(…) O que o senhor vai fazer imediatamente depois que o TSE der o veredicto? Vai viajar pelo Brasil? Pode viajar para fora do país? Eu não vou me desesperar. Com um julgamento justo, serei absolvido por unanimidade e seguirei elegível.

O senhor fica no Brasil de qualquer forma? Eu tenho um convite para trabalhar nos Estados Unidos. Lá vivem, eu calculo, 1.4 milhões de brasileiros. Não sei o número exato.

Mas um convite para fazer o que? Fui convidado para ser garoto propaganda lá.

É sério? De que? De venda de imóveis. Ih, um montão de coisa. Quando cheguei lá [em janeiro], eu saía de casa e tirava umas 400 fotografias. Fui numa hamburgueria e encheu de gente. Eu enchi a pança e não paguei nada. [risos]. O meu cachê foi comer de graça.

Mas o senhor admite a hipótese de morar fora do Brasil? Pode ser. Mas eu não quero abandonar meu país. Tenho parentes aqui. Tenho uma filha aqui. Se eu for, vai a família toda embora. (…)

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