Na noite deste domingo (26), o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele declarou que não há o “mínimo indício” de que o pastor tenha praticado qualquer crime.
Em entrevista ao programa “4 por 4”, o chefe do executivo federal não deu qualquer importância para a investigação da Polícia Federal, que realizou interceptações telefônicas, e repetiu o discurso da defesa do ex-ministro.
“O Ministério Público foi contra a prisão do Milton. Não tinha mínimo indício de corrupção por parte dele e no meu entender ele foi preso injustamente”, comentou.
Na visão de Bolsonaro, a prisão de Milton ocorreu apenas para criar “narrativas para desgastar o governo”.
Ele também ignorou o telefonema em que Ribeiro declarou que o presidente o ligou para avisar que estava com “pressentimento” de que haveria uma operação contra o ex-ministro da Educação.
Na última quarta (22), Milton foi preso e Bolsonaro tentou descolar sua imagem do aliado. “Ele que responda pelos atos dele”, chegou a dizer o presidente da República.
Porém, no dia seguinte, ele criticou o juiz Renato Borelli, responsável por decretar a prisão do ex-chefe do MEC. “Aí você vai ver o processo —me passaram, eu não vi —o Ministério Público Federal lá em Brasília foi contra a prisão. Geralmente o juiz segue isso daí. Por que foi contra: porque não tinha indício de prova”, afirmou.
Milton Ribeiro é suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), praticando tráfico de influência e corrupção.
Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, conhecidos como lobistas do MEC, também foram presos.