Jair Bolsonaro prometeu recorrer de decisão de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou ação movida por sua campanha. Em coletiva de imprensa, o presidente disse que foi “prejudicado” pela suposta ausência de inserções de sua propaganda eleitoral em emissoras de rádio.
“Nós iremos até as últimas consequências para fazer valer aquilo que nossas auditorias constataram”, afirmou o chefe do Executivo. Ele disse que a equipe jurídica de sua campanha analisa a decisão do magistrado.
O presidente ainda sugeriu que o TSE estaria beneficiando Lula na campanha eleitoral e até acusou o petista de “ter participação” na conspiração da corte.
Nesta quarta (26), Moraes rejeitou a ação da campanha do presidente pedindo investigação sobre suposto boicote de inserções da campanha do presidente em rádios do Nordeste. O ministro também determinou que o Ministério Público Eleitoral (MPE) apure possível crime eleitoral da equipe de Bolsonaro para tentar “tumultuar o segundo turno”.
A campanha do presidente fez uma entrevista coletiva na última segunda (24) para denunciar que mais de 154 mil inserções de 30 segundos não teriam sido veiculadas em emissoras de rádio. A acusação foi apresentada ao TSE, que analisou o documento e apontou que não havia elementos probatórios.
O tribunal deu 24 horas para que fossem apresentadas “provas e/ou documentos sérios” e a campanha de Bolsonaro enviou um relatório ao TSE citando os veículos. Os dados foram coletados por software de audiência feito pela empresa Audiency Brasil Tecnologia, que foi paga com fundo eleitoral, e não por uma “auditoria” como alega a equipe do presidente.