Bolsonaro dobra aposta e convoca ato para Copacabana

Atualizado em 6 de abril de 2024 às 16:05
Malafaia, Bolsonaro e Michelle. Foto: Reprodução

Sob investigação por uma tentativa de subversão do Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma nova manifestação, marcada para acontecer no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, em 21 de abril, o feriado nacional de Tiradentes.

“Estou chamando vocês para uma grande mobilização no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana. Continuaremos o que iniciamos em São Paulo, em 25 de fevereiro. Estamos discutindo, compartilhando informações com vocês, juntamente com autoridades e o pastor Silas Malafaia, sobre nosso Estado de Direito Democrático e, também, abordando a maior fake news da história do Brasil, que está resumida hoje na tentativa de golpe”, declarou o ex-presidente.

Dessa vez, Bolsonaro não fez nenhum apelo para que seus apoiadores evitassem levar cartazes com críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como fez na convocação para o evento na Avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro. “Vamos lutar pela nossa democracia e liberdade”, acrescentou.

Bolsonaro, generais das Forças Armadas e ex-ministros do governo estão sob investigação da Polícia Federal por uma suposta tentativa de subverter a ordem.

Protesto pró-Bolsonaro em São Paulo. Foto: Reprodução

Segundo as investigações, o grupo planejou anular o resultado das eleições de 2022, impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prender membros da Suprema Corte do país. Pelo menos três esboços de golpe foram encontrados em posse do ex-presidente e de seus aliados.

Em 8 de fevereiro, a Polícia Federal realizou 33 operações de busca e apreensão e quatro prisões preventivas na operação Tempus Veriratis, que investiga a tentativa de golpe. Após isso, Bolsonaro convocou a manifestação na Avenida Paulista.

“Golpe significa tanques nas ruas, armas, conspiração. Nada disso ocorreu no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque existe um esboço de decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que o estado de sítio começa com o presidente convocando o Conselho da República. Isso foi feito? Não”, afirmou.

“É o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não emitir um decreto de estado de sítio. O de defesa é similar. Em outras palavras, agora querem empurrar goela abaixo um golpe usando dispositivos da Constituição, cuja palavra final cabe ao Parlamento”, continuou.

Confira o vídeo:

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