Bolsonaro é acusado de ter interferido no ENEM, o que gerou a saída de quase 40 servidores do INEP. O presidente não leu a prova, conforme revelou o DCM, mas deu ordem para seus subordinados. O pedido do governante é que o exame seja um “exemplo ideológico”.
“Ele tem dito que o Brasil mudou e o ENEM é uma ferramenta para comprovar isso, na visão do Bolsonaro”, informou um deputado do Centrão. Ele pediu para não ser identificado. “O presidente falou isso em 2019, voltou a falar no ano passado e ressaltou neste ano. E a equipe dele obedeceu”, acrescentou.
Na opinião do presidente, o Exame Nacional do Ensino Médio sempre teve viés de esquerda. “Ele nunca gostou das perguntas do ENEM. Segundo o presidente, tinha questões sobre gays, negros, ditadura militar. Isso irritava demais ele”, comentou a fonte do DCM.
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Bolsonaro quer usar o ENEM como prova ideológica
O presidente quer que o ENEM seja um exemplo ideológico da extrema-direita para poder expandir para outras nações. “Ele tem como intenção levar o ENEM deste jeito para outros países. O Bolsonaro quer defender a tese que as provas de faculdades possuem tendências de esquerda. Boa parte dos meus companheiros, assim como eu, acha isso maluquice. Mas ninguém se envolve, porque temos outras pautas mais importantes”, completou o parlamentar.
O primeiro dia do ENEM acontecerá neste domingo (21), a partir das 13h30. O segundo dia ocorrerá na outra semana, dia 28.
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