O presidente Jair Bolsonaro (PL) está entre os líderes mais mal avaliados na América Latina. O chefe do Executivo brasileiro tem 26% de apoio, estando à frente dos presidentes do Equador e do Paraguai, ambos com 17%, e também do Peru, com 22%.

Os mandatários latino-americanos reúnem em média 40% de apoio na sociedade, segundo dados reunidos pela consultoria Prospectiva em 14 países da região com base em levantamentos de institutos como Datafolha (Brasil) e Cadem (Chile).

De acordo com a Folha de S.Paulo, a cientista política Maria Villarreal, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, avalia que o número demonstra os efeitos da crise causada pela Covid, que teve como resultado um aumento da insatisfação popular.

“Há uma forte rejeição ao que pode ser nomeado como ‘democracias capturadas’, com a percepção de que os governantes não trabalham levando em conta as desigualdades e a pobreza que caracterizam as sociedades latino-americanas”, disse ​ela.

Para Flavia Freidenberg, pesquisadora da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), há uma perda de de consenso estruturado nos anos 1980, quando muitos países passaram pela redemocratização. “Acordamos que conviveríamos democraticamente, mas tem havido uma perda do pluralismo e um aumento da intolerância”​, afirmou à Folha.

Os regimes ditatoriais de Cuba, Venezuela e Nicarágua não entram no levantamento, assim como Haiti, El Salvador e Honduras. Também pode ter diferenças porque as pesquisas nacionais têm metodologia, amostras e margens de erro distintas.

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