O Estadão publicou um novo editorial neste domingo (8) defendendo uma reação aos crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O jornal aponta que o Congresso e a Procuradoria-Geral da República (PGR) precisam tomar alguma atitude para que o chefe do executivo federal não siga agindo fora da lei.
“O Congresso e a Procuradoria-Geral da República (PGR) têm o dever de reagir às ameaças e agressões que Jair Bolsonaro vem cometendo contra a Constituição, a legislação eleitoral e a Lei 1.079/1950 (Lei do Impeachment). Não podem ficar passivos perante tão insistente violência do presidente da República contra a ordem jurídica e o regime democrático”, diz o início do texto.
O editorial destacou que Bolsonaro comunicou que as Forças Armadas se envolverão no processo eleitoral e apontou que a atitude é uma grande ameaça. “O presidente da República violou a Constituição que jurou defender”, opina o jornal. “Não é papel dos militares tutelar eleições”, acrescenta.
O Estadão explica que ocorreram crimes de responsabilidade, sendo uma delas a Lei 1.079/1950. “Ao contrário do que disse Bolsonaro, as Forças Armadas são rigorosamente espectadoras do processo eleitoral. É assim que funciona num regime democrático”, ressalta.
Após narrar passo a passo da ação construída por Bolsonaro para tentar aplicar um golpe, o jornal finaliza pedindo que o Congresso e a PGR tomem providências e impeçam que o presidente cometa novos crimes.
“O País tem, portanto, lei para punir Jair Bolsonaro pelo que está fazendo. Cabe ao Congresso e à PGR torná-la efetiva. Não é tempo de covardia”, completa.