O presidente Jair Bolsonaro (PL) excluiu países importantes para a política externa brasileira da reunião com embaixadores para tratar sobre as eleições no Brasil. A China e a Argentina não deverão estar representadas no encontro que acontece nesta segunda-feira (18), no Palácio da Alvorada, segundo reportagem do O Globo.
Interlocutores do governo afirmam que não foram enviados convites a várias embaixadas, inclusive para esses dois países.
China e Argentina estão sem embaixadores efetivos em Brasília, assim como outras representações, como a do Chile. No entanto, a embaixada dos Estados Unidos também está nessa situação, mas recebeu convite para reunião e o encarregado de negócios Douglas Koneff estará presente.
De acordo com a reportagem, uma fonte do governo ligada à área internacional disse que o critério para o envio de convites é o “bom senso”. Outro interlocutor afirmou que outro critério é o nível de interesse do país sobre a eleição no Brasil.
Os embaixadores do Reino Unido e da Alemanha, Melanie Hopkins e Heiko Thoms, não estarão presentes. Os de Portugal, (Luís Faro Ramos), da Rússia (Alexey Labetskiy), da França (Brigitte Collet), do Uruguai (Guillermo Valles Galmés), entre outros, disseram que irão comparecer no encontro.
O embaixador da Espanha, Fernando García Casas, recebeu o convite, mas ainda não há informação se ele participará da reunião. O embaixador do Japão, Teiji Hayashi, não deve comparecer, pois tem compromissos em São Paulo.
Mesmo com a falta de alguns embaixadores, o encontro está mantido e previsto para acontecer às 16h, no Palácio da Alvorada. Em conversa com jornalistas no domingo (17), o presidente disse que participariam ao menos 40 representantes de países. “Uns 40 embaixadores já confirmaram. Alguns estão fora do Brasil. Vai participar do Ministro da Defesa porque ele foi convidado a integrar o Comitê de Transparência Eleitoral. Ele tem seus posicionamentos para fazer”, afirmou.
Bolsonaro costuma atacar as urnas eletrônicas sem apresentar provas, o que causa preocupação dentro e fora do Brasil. Para a reunião é esperado que o presidente tente convencer os representantes estrangeiros sobre as “ameaças” do atual sistema eleitoral brasileiro.
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