“Parecia uma feira. Tinha muita gente lá dentro, e aí começavam a chegar pessoas querendo conversar com você que eram alheias ao governo”. A definição é do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e retrata o gabinete de Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Dá a dimensão da bagunça que virou o Brasil sob o comando do capitão expulso do Exército que por um capricho do destino virou presidente.
Nesta semana, falando para seguidores, tirou sarro do preço da gasolina. Mentiu. Disse sobre o valor do litro que sai dos tanques da Petrobrás e acabou desmentido pela estatal.
Quem se importa?
Mandetta disse mais sobre o ex-chefe na entrevista que deu ao site Poder 360.
Contou que a famosa reunião da “passagem da boiada”, cheia de gritos, xingamentos e desabafos aparentemente sem objetividade, não era exceção. “Todas as reuniões ministeriais eram iguais àquela”.
Agora o lado bom da história.
A chance de reeleição do sujeito é mínima.
Veja o que dele fala Gilberto Kassab, enxadrista da política, detentor de um olho em terra de cegos.
“Se bobear, nem disputa a reeleição. Não está montando nenhum palanque regional, não está se preparando. Só sabe fazer polêmica”.
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Enquanto Lula viaja pelo país amarrando acordos e instruindo liderados, o cidadão aceita o papel de bobo da corte enquanto Paulo Guedes faz o serviço sujo que interessa ao mercado.
Quer mais palhaçada? Veja o gabinete do ódio, que Mandetta definiu como horror. “Você nunca sabe de onde vem o tiro”.
E ainda tem o descaso na pandemia que certamente lavará o genocida ao Tribunal Internacional. Sim, Bolsonaro será estudo de caso em Haia. Por crime de lesa humanidade.
Outro dia alguém comentou sobre o preço da carne.
“Pergunta para o produtor se ele está chateado”, respondeu, rindo.
Bolsonaro é amador num país de profissionais
Que não podia dar certo todos sabíamos. O consolo é que o horror tem prazo para terminar. Aconteceu nos Estados Unidos, com Trump, vai acontecer aqui também com o nosso palhaço de plantão.
O Brasil não é para amadores.