A defesa de Jair Bolsonaro (PL) negou na noite desta sexta-feira (11) que o ex-presidente tenha se apropriado ou desviado “quaisquer bens públicos”.
Em nota, os advogados afirmaram que a movimentação bancária do ex-presidente está à disposição da Justiça. “O Presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”, disse a defesa de Bolsonaro.
A nota, assinada pelos escritórios de advocacia D.B. Tesser e Paulo Amador Cunha Bueno, ainda citou que o ex-chefe do Executivo pediu, em março, que os itens ficassem no Tribunal de Contas da União (TCU) até que a Corte decidisse o que deveria ser feito com as joias.
“Sobre os fatos ventilados na data de hoje nos veículos de imprensa nacional, a defesa do Presidente Jair Bolsonaro voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU — ainda em meados de março, p.p. —, requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) realizou buscas e apreensões em endereço do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O pai do militar, o general Mauro Cesar Lourena Cid, também foi alvo da operação.
Mais tarde, a PF solicitou ao STF a quebra de sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro. A corporação ainda pediu que a Corte autorize a convocação do ex-mandatário para prestar depoimento sobre o esquema de venda de joias nos Estados Unidos.
A corporação apura a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação, afirmou na decisão que há indícios de que o plano ocorreu por “determinação” de Bolsonaro.