Neste domingo (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) refutou, durante uma transmissão ao vivo, qualquer envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Ele afirmou desejar que o crime, ocorrido em março de 2018, seja completamente esclarecido.
Bolsonaro argumentou que foi difamado durante cinco anos ao ser apontado como possível mandante do assassinato. Durante a campanha de 2022, ele afirmou ter sido “massacrado” devido à associação de seu nome ao crime, que classificou como “brutal”.
O ex-presidente minimizou a coincidência de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime, residir no mesmo condomínio que ele, na Barra da Tijuca.
“Um possível executor vivia em meu condomínio, que possui 150 casas, e a partir disso o mundo começou a desabar sobre mim. Em 30 de outubro de 2019, o Jornal Nacional contou toda a história do porteiro, que inicialmente relatou que, naquele dia [do crime], havia ligado para minha casa, eu teria atendido e autorizado um colega desse cidadão a entrar. Depois, o porteiro voltou atrás, mas isso me marcou por muito tempo”, contou.
Bolsonaro estava se referindo ao caso do porteiro que inicialmente atribuiu a ele a autorização para a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, um dos acusados pela morte de Marielle, no condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro e Lessa residiam. Posteriormente, o porteiro afirmou à Polícia Federal que “errou em sua anotação” em que mencionava o ex-presidente.
Bolsonaro afirmou que “nunca” teve contato com a vereadora e expressou o desejo de que o crime seja elucidado. “O que mais quero é que esse caso seja esclarecido; nunca tive contato com Marielle”, enfatizou.
Quanto ao episódio de 8 de janeiro, Bolsonaro, que estava acompanhado na live de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, rejeitou a possibilidade de um golpe de Estado ocorrido nessa data em 2023, referindo-se a essa possibilidade como “uma farsa”.
O ex-presidente foi identificado pela CPMI do 8/1 no Congresso como um dos mentores dos eventos que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não foi formalmente acusado ainda, mas é investigado pela PF e STF.
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