Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro acreditam que ele passa por uma “crise de imagem” após as críticas do pastor Silas Malafaia, que o chamou de “covarde” e “omisso” nas eleições municipais deste ano. Algumas pessoas próximas a ele concordam com as declarações do religioso.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, a opção de ficar em cima do muro na disputa e não condenar Pablo Marçal (PRTB), rival do candidato apoiado por ele, Ricardo Nunes (MDB), foi um erro para aliados.

Eles citam, por exemplo, o silêncio do ex-presidente sobre a divulgação de um laudo falso para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de usar drogas. O erro atualmente respinga em seu capital político, segundo pessoas próximas, e faz com que Bolsonaro passe uma imagem de fragilidade e insegurança.

Bolsonaro, apesar do apoio a Nunes, não se envolveu em sua campanha no primeiro turno. Ele chegou a brigar publicamente com Marçal, mas na reta final do primeiro turno evitou atacá-lo, já que os dois candidatos disputavam o eleitorado bolsonarista na capital paulista.

O ex-coach ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 1.719.274 votos (28,14% do total). Além das críticas de Malafaia, Bolsonaro ainda foi detonado nas redes por seguidores e apoiadores de Marçal, que até defenderam votar em Boulos na segunda etapa.

Apesar das críticas, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, defende que o pai “foi decisivo” na disputa e que sem ele Nunes “não estaria no segundo turno”.

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