Bolsonaro fez a demissão mais estapafúrdia da história da política brasileira.
Cinco dias após uma crise criada por ele e pelo filho Carlos, exonerou Bebianno.
O discurso tem cara de pedido de divórcio em que o sujeito tenta se fingir de bonzinho para não acabar na draga completa.
O porta-voz Otávio Rêgo Barros alegou que a razão é de “foro íntimo do nosso presidente”, um clássico que significa tudo e não significa nada.
Depois a assessoria de Jair divulgou um vídeo patético.
“Desde a semana passada diferentes pontos de vista sobre questões relevantes TRUXERAM (sic) a necessidade de uma reavaliação”, diz ele.
“Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno à frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. Seu trabalho foi importante para o nosso êxito”, continua.
“Continuo acreditando em sua seriedade”.
Ora. Se acredita, por que está mandando o cidadão embora?
Trata-se do mesmo homem que ele chamou de mentiroso juntamente com seu menino esquisito Carluxo, numa execração pública.
O teatro todo foi encenado de maneira a ver se Bebianno não abre o bico sobre o laranjal do PSL, os respingos em Jair e o que mais o agora ex-ministro tiver na manga (ele foi tesoureiro da campanha, lembre-se).
Ofereceram Itaipu. Ele recusou. Ofereceram a embaixada de Roma. Idem.
Ele sabe muito. E já deixou claro agora que seu alvo será Jair e suas crianças disfuncionais.
O general 3 estrelas Floriano Peixoto o substituirá.
Onyx passa a ser o único civil com gabinete no Planalto.
Até quando?
Tic-tac, tic-tac…