O presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado por Lula (PT) nas eleições e ficará sem mandato a partir de janeiro de 2023, poderá passar a receber R$ 42 mil por mês, isso somando apenas as duas aposentadorias a que ele tem direito: uma de R$ 11.945,49, por ser capitão reformado do Exército, e outra de cerca de R$ 30 mil, pelo tempo em que foi deputado federal.
Além das aposentadorias, tudo indica que Bolsonaro ocupará o cargo de presidente de honra do PL, partido em que é filiado e pelo qual foi candidato a reeleição, o que também deve lhe render uma remuneração mensal.
Enquanto foi presidente, ele abriu mão da aposentadoria como Deputado Federal. No mês passado, ainda antes do segundo turno, Bolsonaro disse, em entrevista ao site O Antagonista, que, em caso de derrota na eleição, pediria a aposentadoria da Câmara. Atualmente, ele vive com a aposentadoria do Exército e com o salário de presidente, que é de R$ 30.934,70.
“Vou cuidar da minha vida. Chega, né? Sessenta e sete anos — disse, ao ser questionado o que faria caso perdesse. — Eu tenho uma aposentadoria do Exército, mais ou menos 12 mil por mês, que é proporcional (ao tempo de serviço). Tenho também a da Câmara dos Deputados, que não pedi, para evitar me criticarem. Hoje em dia vale aproximadamente R$ 30 mil reais por mês. Seriam R$ 42 mil bruto por mês. Isso que eu levaria pra casa. Para mim está excepcional esse montante”, respondeu Bolsonaro.
Como ex-presidente, ele também terá direito a oito assessores, incluindo dois motoristas, e terá à disposição dois veículos oficiais. Estas despesas são custeadas pela Presidência da República.