Desalinhado com o mercado financeiro, o presidente Jair Bolsonaro corre desesperadamente para conseguir apoio para a eleição deste ano. Em outubro, o mandatário reforçou que deseja estar ao lado de empresários e economistas, mas acabou se afastando ainda mais por conta da PEC dos Precatórios.
Em uma rápida entrevista na porta da embaixada brasileira em Roma, logo após participar da abertura do G-20, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o “mercado precisa entender que, se o Brasil for mal, ele vai se dar mal também”.
“Parece até que somos um time jogando contra o outro. Estamos no mesmo time. O mercado, toda vez nervosinho, atrapalha em tudo o Brasil”, disse o presidente ao responder uma pergunta sobre o risco de a PEC dos Precatórios não ser aprovada.
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Bolsonaro organiza reunião com mercado
Segundo apurou o DCM, o presidente pediu uma reunião com empresários e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ficou responsável por organizá-la. A intenção de Bolsonaro é saber quais são os interesses do mercado para usar como discurso, sempre dizendo ser um “liberal”.
O mandatário ainda prometeu para Valdemar Costa Neto, presidente do PL (partido de Bolsonaro), que vai fazer mea-culpa em alguns pontos para animar economistas. A estratégia surgiu após Bolsonaro perceber que muitos empresários estão embarcando para outras candidaturas.
Mercado deve apoiar terceira via
Apesar de estar cada vez mais distante a chance de uma terceira via decolar,, o mercado investe em uma alternativa. Ainda que o setor olhe para o governo Bolsonaro sob o guarda-chuva do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente é, no final das contas, sempre o fiador da equipe econômica.
Por isso, Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, afirma que o mercado tende a preferir Bolsonaro: porque não está claro o que seria um governo Lula. Para o economista, Lula e sua equipe precisarão demonstrar um esforço expressivo para garantir a “responsabilidade fiscal”.
“A gente não tem ideia de equipe econômica, a gente não tem ideia de pronunciamento sobre o que seria e há muita dúvida sobre o que o PT e o Lula fariam dadas as restrições fiscais todas que a gente foi construindo ao longo dos últimos anos”, como o Teto de Gastos, afirma Vale.
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