Bolsonaro venceria a eleição no primeiro turno, caso a apuração contabilizasse apenas as urnas instaladas em lojas maçônicas do Rio.
Levantamento feito pela coluna Ancelmo Gois, do Globo, mostrou que o atual presidente recebeu 1.626 dos 3.044 (53,42%) votos feitos em seções eleitorais instaladas em lojas maçônicas na cidade. Templos em Itaperuna, Saquarema e Nitéroi receberam votação no dia 2 de outubro.
Lula, por sua vez, registrou um total de 1.099 votos (36,10%), recebendo a maior votação apenas na loja maçônica de Niterói. Embora as seções sejam localizadas em lojas maçônicas, não são apenas maçons que votam nesses locais.
Bolsonaro e a maçonaria
Um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece discursando durante uma sessão da maçonaria viralizou nas redes sociais nessa semana. A produção foi antes de sua vitória nas eleições 2018.
“Nós corremos um risco sério. É a questão da corrupção e da ideologia. Nós temos tudo para sermos uma grande nação”, diz Bolsonaro no vídeo.
No mês passado, de acordo com a coluna Radar, da Veja, o presidente participou do 2º Encontro de Lideranças Empresariais Maçônicas, em São Paulo. A rodada de negócios, reuniu cerca de 1.200 empresários em uma “oportunidade única de encontrar parceiros comerciais, clientes e fornecedores”.
Diversos simpatizantes religiosos do ex-capitão se enfureceram com a situação e declararam arrependimento em apoiá-lo. Muitos cogitaram votar no ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições.
A situação é polêmica porque se envolver com a maçonaria é considerado proibido pela Igreja Católica e mal visto por muitos evangélicos, importante eleitorado nessas eleições 2022.
Atualmente, em grande parte das igrejas evangélicas, é pecado ser maçom. Porém, isso não é uma unanimidade entre o grupo. Vale ressaltar que, em algumas denominações, ainda existem laços de respeito com a maçonaria, ainda que seus membros sejam alertados para não participarem de qualquer organização que negue a fé cristã. É o caso, por exemplo, da Igreja Metodista.
Outro vídeo que circula nas redes mostra Bolsonaro exaltando o golpe de 64 em uma loja maçônica. O general Augusto Heleno também estava presente. Segundo apuração do DCM, o evento aconteceu na noite do dia 31 de março de 2014, no Grande Oriente do Distrito Federal – (GODF).