Bolsonaro recebeu US$ 30 mil da venda das joias em NY, diz Cid à PF

Atualizado em 8 de julho de 2024 às 21:28
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Cristobal Herrera/EFE

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, disse à Polícia Federal (PF) ter entregue US$ 30 mil em espécie ao ex-presidente, referente à venda das joias sauditas em Nova York, nos Estados Unidos.

O montante foi entregue durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2022. A informação consta no relatório da PF sobre o inquérito das joias.

Segundo a PF, Mauro Cid confirmou que seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, entregou o montante a Bolsonaro.

“No termo de depoimento prestado em 28 de agosto de 2023, o colaborador MAURO CESAR CID relatou que viajou em setembro de 2022 na comitiva do então Presidente JAIR BOLSONARO para a abertura da Assembleia-Geral da ONU na cidade de Nova York. Neste mesmo período, o pai do colaborador, MAURO CESAR LOURENA CID, também viajou para a cidade de Nova York, integrando a comitiva presidencial. MAURO CID confirmou que seu pai, LOURENA CID, entregou cerca de US$ 30.000,00 (trinta mil dólares) em espécie a JAIR BOLSONARO, por meio do colaborador, na cidade de Nova York”, afirmou a corporação no documento.

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Mateus Bonomi/AGIF via Reuters Connect

Além disso, o ex-presidente também recebeu recursos da venda das joias em Miami através de seu assessor, Osmar Crivelatti, meses após deixar a presidência da República.

“Em novo termo de declarações prestado em 26/03/2024, LOURENA CID ratificou que repassou valores ao então Presidente da República JAIR BOLSONARO, por meio de seu assessor OSMAR CRIVELATTI. O declarante disse que repassou os valores em duas oportunidades nos meses de fevereiro e março de 2023. Uma das entregas ocorreu quando o ex-presidente JAIR BOLSONARO e seu assessor OSMAR CRIVELATTI foram até a residência do declarante em Miami. Na outra oportunidade, LOURENA CID disse que o assessor OSMAR CRIVELATTI foi sozinho até sua residência e pegou parte dos valores decorrentes da venda dos relógios. Por fim, afirmou que não sabe informar o motivo de não ter passado os valores diretamente para o ex-Presidente JAIR BOLSONARO”, disse a PF no relatório.

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