O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, nesta terça-feira (19), sua presença na rede social “Gettr”, criada com o objetivo de disseminar conteúdos de extrema-direita. A “Gettr” foi desenvolvida por Jason Miller, ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em setembro, Miller veio ao Brasil palestrar sobre a nova rede social e foi alvo de interrogatório da Polícia Federal no âmbito das investigações sobre as “milícias digitais”. O ministro-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, determinou, na época, a suspensão da monetização pela “Gettr” aos mesmos canais bolsonaristas que já haviam sido alvo da mesma determinação nas outras redes sociais.
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A “Gettr” foi lançada no dia 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos. Seu nome é uma abreviação de “Getting Together”, “ficando juntos” em português. Essa nova plataforma diz lutar contra uma suposta “cultura do cancelamento” e jura que defende a liberdade de expressão. Outro objetivo seria desafiar o monopólio das big techs, que os trumpistas e bolsonaristas acusam de censurá-los.
Há várias semelhanças entre a rede social de extrema-direita e o Twitter. Uma delas é a interface: em ambas há uma página inicial com um feed de postagens. Outra semelhança importante é a coluna dos assuntos mais comentados no momento.
“Mais uma rede social alternativa para ampliação de diversas fontes de informação que lamentavelmente são omitidas de forma proposital. Siga-nos”, publicou Bolsonaro no Twitter ao anunciar sua participação na “Gettr”.
– Mais uma rede social alternativa para ampliação de diversas fontes de informação que lamentavelmente são omitidas de forma proposital. Siga-nos no @gettrbr : https://t.co/rVeSExaSVV pic.twitter.com/Zwj7J73yaN
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 19, 2021