Bolsonaro iniciou uma busca de palanques fortes que ancorem sua candidatura à reeleição em outubro e tem se aproximado dos pré-candidatos a governador de PSDB e União Brasil em seis estados, já tendo recebido apoio público em quatro deles, conforme reportagem da Folha de S.Paulo.
A estratégia do presidente rompe com a ideia de uma terceira via e amplia o isolamento das possíveis candidaturas de Luciano Bivar (União Brasil), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB).
O apoio a Bolsonaro já foi selado em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia. Também há movimentos de aproximação no Ceará e na Paraíba.
Segundo a Folha de S.Paulo, aliados do presidente dizem que ele tentará aumentar seus palanques para além da sua coligação formal. Eles avaliam o recente respiro dele nas pesquisas e a força da máquina federal tendem a atrair candidatos da centro-direita nos estados.
As parcerias avançam mesmo com os atritos entre Bolsonaro e governadores, que ganhou força na pandemia, quando o presidente foi contra medidas sanitárias e foi alvo de críticas por gestores estaduais.
Foi o que aconteceu em Mato Grosso, o governador e candidato à reeleição Mauro Mendes (União Brasil), que havia se afastado Bolsonaro na pandemia, agora anunciou apoio ao presidente. O cenário é semelhante em Mato Grosso do Sul, onde o ex-secretário Eduardo Riedel (PSDB) será candidato à sucessão do governador tucano Reinaldo Azambuja em uma aliança com PP e PL.
Outro tucano que se aproxima do presidente é o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), pré-candidato ao governo da Paraíba. Na última quinta-feira (5), ele prestigiou Bolsonaro em uma solenidade na cidade de Itatuba.
No Amazonas, o governador Wilson Lima (União Brasil) também anunciou que vai endossar a candidatura à reeleição de Bolsonaro e negocia o apoio exclusivo do presidente. Rondônia é outro estado em que a União Brasil estará com Bolsonaro. Eleito governador em 2018, Marcos Rocha manterá apoio ao presidente.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), iniciou um movimento de reaproximação, mas enfrenta desgaste após ter rompido com Bolsonaro durante o enfrentamento da pandemia.
ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia, diz que manterá o seu palanque aberto e deve permanecer neutro na eleição nacional, mesmo com a possível candidatura de Luciano Bivar à Presidência.