Nesta quarta-feira (3), o cientista político Felipe Nunes, CEO do instituto de pesquisa Quaest, afirmou à CNN Brasil que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) precisará conquistar alguns dos votos do ex-presidente e candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal concorrente, para que haja um segundo turno nas eleições deste ano.
Como apontado pela pesquisa presencial da Genial/Quaest, divulgada hoje de manhã, o petista lidera as intenções de voto com 44% do eleitorado, enquanto Bolsonaro aparece na sequência, com 32%.
“O segundo turno, que é o que está em discussão neste momento, só vai acontecer se o Bolsonaro conseguir tirar votos do Lula. O voto é um recurso escasso. Você tem que disputar dentro de um padrão, e todo mundo está muito próximo de seu teto. Eles têm que brigar entre si se quiserem aumentar ou diminuir a diferença”, destacou Nunes.
O CEO falou sobre a diferença das intenções de voto entre os principais adversários, que anteriormente era maior. Em março, a distância era de 18%, e agora caiu para 12%. Isso destaca uma diminuição de rejeição ao governo de Bolsonaro que vem acontecendo disfarçadamente nos últimos meses.
“A parte mais significativa não está nas intenções de voto, mas na avaliação do governo. Quando a gente olha para a rejeição, ela caiu de forma mais consistente, e isso porque havia uma expectativa, por parte do governo, de toda a movimentação em torno do que estão tentando fazer para resolver os problemas dos brasileiros”, disse.
Entretanto, ele esclareceu que essa queda na rejeição pode demorar para se refletir nas pesquisas de intenção de voto: “Já é algo mais demorado. As pessoas ainda estão muito desconfiadas em relação ao governo e outra porque as declarações do presidente também não ajudam para que essa movimentação aconteça nas intenções de voto”.
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