Bolsonaro sobre morte de Genivaldo: “Eles queriam matar? Eu acho que não”

Atualizado em 4 de junho de 2022 às 8:27
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Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista na última sexta-feira (03), durante sua passagem pela cidade de Foz do Iguaçu (PR), e falou sobre o caso de Genivaldo de Jesus Santos, moro por policiais dentro de uma viatura, transformada numa espécie de câmara de gás, por conta de gás lacrimogênio.

Questionado pela imprensa sobre o caso, o presidente fez questão de dizer que essa não foi a primeira vez que isso aconteceu. “Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil. Se pesquisar um pouquinho, até nas Forças Armadas já morreu gente”.

Dessa vez, Bolsonaro tentou não defender diretamente os policiais, mas afirmou que não acredita ter sido um ato proposital. “Eles queriam matar? Eu acho que não. Lamento. Erraram? Erraram. A Justiça vai decidir. Acontece, lamentavelmente”.

Ainda na entrevista, o presidente reafirmou que não vê isso como homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar. “Eles queriam matar? Eu acho que não queriam matar. Eles queriam imobilizar o cara, pensado talvez no que tinha acontecido na semana anterior. Com toda a certeza estão arrependidos. Ninguém quer passar a mão na cabeça de ninguém”, disse.

Assim que aconteceu o caso, Bolsonaro também foi questionado e chegou a dizer que esperava que a Justiça não exagerasse no julgamento, saindo em defesa dos policiais.

Durante passagem pela cidade, ele voltou a andar de moto sem capacete, mesma situação que fez com que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) mandasse Genivaldo parar antes dele ser morto na viatura.