A Polícia Federal atua em quatro linhas de investigação para apurar todos os fatos e pessoas envolvidas nos ataques terroristas promovidos por apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília. A investigação sobre autores intelectuais inclui esclarecer a responsabilidade do ex-mandatário no fomento aos atos golpistas. Com informações da Folha de S.Paulo.
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, Bolsonaro, os vândalos e financiadores estão na mira da PF.
As investigações pretendem detalhar como se deram os preparativos e as invasões aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Além de identificar os golpistas atuantes diretamente na depredação, os financiadores e os agentes públicos.
A primeira linha de apuração foca nos possíveis autores intelectuais, no qual pode chegar a eventual responsabilidade do ex-presidente.
A segunda linha vai investir no detalhamento das supostas omissões de agentes públicos durante a movimentação de pessoas para o acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército e depois para a praça dos Três Poderes. O governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), Torres e integrantes das forças de segurança do Distrito Federal são alvos nessa frente.
Vista como mais demorada, a terceira frente tem como objetivo mapear os financiadores dos atos golpistas e os responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para a capital federal.
O quarto foco da investigação são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos.