O ex-presidente Jair Bolsonaro usou um evento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como palanque nesta segunda-feira (1). Ele subiu no auditório do governo paulista na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, e disse que o setor “precisa de políticos que não atrapalhem”. A informação é da Folha de S.Paulo.
Bolsonaro é um dos causadores do cancelamento da cerimônia de abertura do evento. A organização da feira fez o anúncio no último sábado, após o “desconvite” a Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, que teve sua participação cancelada, já que o ato contaria com a presença do ex-mandatário.
Mesmo sem cerimônia oficial, Bolsonaro manteve o evento em sua programação e desembarcou em Ribeirão Preto (SP) pouco antes das 14h deste domingo (30). Ele cumprimentou apoiadores, subiu na caçamba de uma caminhonete e andou por cerca de 18km até a fazenda de Paulo Junqueira, ruralista que o convidou para visitar a feira.
O ex-presidente chegou ao evento por volta das 11h desta segunda (1) e entrou no auditório do governo paulista. Ele criticou homologações de terras indígenas assinadas por Lula, chamando o presidente de “cidadão que está no Palácio”.
“Vocês devem saber que há 400 pedidos de demarcações de terras indígenas e pelo menos 3.500 de quilombolas. E aquele cara disse que faria o possível para atender os anseios das comunidades. Se 10% forem atendidos, para onde irá nosso agro? Peço a Deus para isso não acontecer”, afirmou Bolsonaro.
“O agro precisa de políticos que não atrapalhem vocês”
Bolsonaro discursa na Agrishow em Sp. pic.twitter.com/zdIqXyNmT7— Gabriel (@pqdgg) May 1, 2023
Após o discurso, o ex-presidente foi elogiado por Tarcísio, que é seu ex-ministro da Infraestrutura e disse sentir “gratidão”. “Sempre trouxe para sua equipe os louros, sempre deu o crédito para aqueles que o acompanhavam”, relata o governador.
Após o fim do evento, Bolsonaro, Tarcísio e o senador Marcos Pontes (PL) andaram pelas ruas da Agrishow e subiram em máquinas e tratores. Em uma das paradas, o ex-presidente abriu uma bandeira e seus apoiadores cantaram o hino nacional.