O fato de ter mentido que fez doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, ou o pós-doutorado na Alemanha, pesou pouco na decisão de Jair Bolsonaro de não dar posse e revogar a nomeação de Carlos Decotelli do ministério da Educação.
O que pegou mesmo, segundo o reconhece o próprio ex-ministro, foi um desmentido da GV, divulgado pelo DCM, de que Decotelli nunca fez parte do corpo de professores das escolas da Fundação.
A Fundação disse que “Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação. Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição.”
Leia a nota na íntegra
“A FGV se encontra em regime de trabalho remoto, com aulas presenciais suspensas inclusive, desde março de 2020, por força do isolamento imposto pela pandemia do Coronavírus, seguindo determinação das autoridades constituídas, federal, estadual e municipal, em razão do estado de emergência de saúde. O Prof. Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. Assim, qualquer informação a respeito demandará acesso a arquivos físicos da época pelos respectivos orientadores responsáveis, o que só poderá se dar após o retorno destes a atuação presencial, eis que todos pertencentes ao chamado grupo de risco. Quanto aos cursos de doutorado e pós-doutorado, realizados com outras instituições educacionais, cabe a estas prestar eventuais esclarecimentos e não à FGV, para quem o Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação. Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição.”