O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou operação de busca e apreensão e quebrou o sigilo bancário e bloqueio de contas de empresários bolsonaristas acusados de defenderem um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.
Os ataques foram feitos neste sábado (3), durante evento de campanha com mulheres em Novo Hamburgo (RS). “Não interessa qual é o assunto”, discursou ele. “Eu posso muito bem pegar meia dúzia aqui e falar em um canto o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa, que vai querer roubar a nossa liberdade”, disse o presidente.
“Agora, mais vagabundo do que quem está ouvindo a conversa, é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, emendou o chefe do Executivo, sem citar Moraes diretamente. Ele também atacou o Tribunal Superior Eleitoral pela decisão proibindo celular na cabine de votação e armas próxima a zonas eleitorais.
O site Metrópoles publicou um vídeo com a fala do presidente:
Bolsonaro diz que operação contra empresários aconteceu após “vagabundo” dar canetada.
Busca e apreensão da Polícia Federal foi autorizada por Alexandre de Moraes após o @Metropoles revelar a defesa de um golpe de Estado em grupo de WhatsApp.
Leia: https://t.co/zZ4yv1XCyD pic.twitter.com/tdUrN4W6PV
— Metrópoles (@Metropoles) September 3, 2022
No mesmo evento, Bolsonaro perguntou à plateia se as mulheres preferiam ter a Lei Maria da Penha ou uma arma na bolsa para se defender.
A ida do presidente ao evento é uma estratégia da campanha do bolsonarista para demover a rejeição do presidente junto às eleitoras mulheres.