Boulos detona Nunes por “silêncio” sobre Bolsonaro e prefeito reage: “Invasor”

Atualizado em 16 de fevereiro de 2024 às 13:00
Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Ricardo Nunes (MDB). Foto: Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Rovena Rosa/Agência Brasil

Futuros rivais na disputa pela Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) trocaram farpas em entrevistas. O parlamentar afirma que o emedebista se omite sobre ataques à democracia e critica sua ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Às vezes o silêncio diz muito. O Ricardo Nunes se calou sobre o 8 de janeiro e sobre a revelação do golpismo nas operações da PF. Ele quer abraçar o Bolsonaro a qualquer custo e está submetendo São Paulo a isso”, afirmou Boulos à Folha de S.Paulo.

Ele avalia que as campanhas à prefeitura deve discutir problemas locais, as que a população da capital paulista “precisa saber se o candidato em quem ela vai votar defende quem atentou contra a democracia ou não, precisa saber se esse candidato é comprometido com os valores democráticos ou não”.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Nunes, que é apoiado por Bolsonaro, deve comparecer ao ato do dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista. O evento, convocado pelo ex-presidente, será usado para se defender de acusações após ser alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de planejar golpe de Estado para se manter no poder.

Em resposta às declarações de Boulos, Nunes tentou associá-lo a invasões de propriedades por sua trajetória no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Ele se calou sobre as investigações contra Bolsonaro, no entanto.

“Sou prefeito da maior cidade da América Latina, conheço cada canto desta cidade-país como poucos conhecem. Sou do MDB, o verdadeiro partido da democracia brasileira. Se o invasor quiser discutir democracia, posso pedir a Michel Temer para dar umas aulas para ele”, respondeu. O prefeito ainda chama Boulos de “extremista” e sugere que sua gestão na capital seria uma “baderna”.

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