O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) lidera em engajamento e interações nas redes sociais, superando outros possíveis concorrentes, de acordo com um levantamento realizado pela empresa Ativaweb, especializada em dados de redes e plataformas digitais, a pedido do Correio Braziliense.
A análise considerou fatores como o número de seguidores, a taxa de engajamento, a média de curtidas e o número de comentários. Boulos, que recentemente anunciou a aliança com a ex-prefeita Marta Suplicy, de volta ao PT, lidera em quesitos como engajamento, comentários, curtidas e número de seguidores.
Atualmente, Boulos conta com 2,2 milhões de seguidores, seguido por Kim Kataguiri (União Brasil), com 1,2 milhão. Tabata Amaral (PSB) e Ricardo Salles (PL) têm aproximadamente 1 milhão cada, enquanto Ricardo Nunes (MDB) apresenta um desempenho mais modesto, com 530 mil seguidores.
Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, enfatizou que esses resultados refletem a dinâmica complexa do engajamento político nas redes sociais, destacando a importância da qualidade do conteúdo, frequência das postagens e ressonância das mensagens com o público-alvo.
“Antigamente, quando se tratava de digital, não o associavam a poder de voto. Após a pandemia, o volume de pessoas conectadas aumentou muito e em várias classes sociais. Os meios digitais são usados, hoje, para manifestações, protestos e opiniões das pessoas. É tão importante que os candidatos dão muita atenção às redes”, disse o publicitário.
Apesar da liderança de Boulos, Maracajá observa o bom desempenho de Tabata, destacando seu aumento substancial no engajamento e nas curtidas médias. O especialista ressalta que o sucesso nas redes não se traduz automaticamente em votos, mas destaca a crescente importância dos meios digitais na manifestação de opiniões e protestos.
O levantamento também aponta sinais contraditórios, como no caso de Salles, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), que registra um aumento significativo no engajamento, mas uma ligeira perda de seguidores, indicando possivelmente uma volatilidade na base de apoiadores.
No entanto, para se viabilizar como candidato, Salles provavelmente precisará trocar de partido, já que o PL dificilmente deixará de apoiar a tentativa de reeleição de Ricardo Nunes, conforme o desejo de Bolsonaro.