Boulos, Nunes e Tabata disputam apoio de ministros de Lula na eleição em SP

Atualizado em 10 de abril de 2024 às 17:43
Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo na eleição de outubro Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) – Fotos Marlene Bergamo/Folhapress

Antes de iniciarem oficialmente a disputa pela Prefeitura de São Paulo, os pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) duelam pelo apoio de figuras de destaque do governo Lula, do qual ambos orbitam no âmbito federal como deputados. O MDB, que estará na disputa com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), também conta com membros em ministérios do petista.

Na última semana, Boulos e Tabata estiveram em um evento com o ministro da Educação, Camilo Santana, durante uma entrevista coletiva.

Enquanto o candidato do PSOL tem como trunfo o apoio institucional do PT, que indicou a ex-prefeita Marta Suplicy para o cargo de vice, Tabata terá em sua campanha a indicação do vice-presidente Geraldo Alckmin, também do PSB.

Recentemente, Nunes criticou Boulos por explorar uma suposta proximidade aos auxiliares de Lula que fazem parte do MDB. Segundo o prefeito, o psolista programou agendas casadas com políticos que ele espera ter em seu palanque durante o período de campanhas.

Tabata Amaral e Guilherme Boulos ao lado de Camilo Santana. Foto: reprodução

O candidato emedebista, apoiado por Bolsonaro, já se mostrou incomodado com a postura do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que teria telefonado a Boulos para tratar do processo que pode levar à cassação da concessão de distribuidora de eletricidade Enel na capital.

Nesta quarta-feira (10), o deputado se reuniu com Silveira em Brasília para debater as constantes crises na energia de São Paulo e voltou a provocar o colega de partido. “Falta comando, liderança, iniciativa e capacidade de diálogo com concessionárias, por isso o governo federal está puxando para si [a responsabilidade]”, disse.

A ligação de Nunes ao bolsonarismo também tem afastado alguns dos nomes mais destacados do MDB, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Em dezembro, ela afirmou que apoiaria o atual prefeito, mas se recusaria a subir no mesmo palanque que o ex-presidente.

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