A corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo está marcada por uma intensa disputa entre Guilherme Boulos, do PSOL, e Ricardo Nunes, do MDB, especialmente em relação ao uso do termo “frente ampla”, revelando estratégias políticas opostas e visões distintas sobre a condução da cidade.
Guilherme Boulos, com o respaldo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, está empenhado em reproduzir a fórmula que alçou o petista à presidência em 2022.
Sua estratégia busca unir uma ampla gama de partidos e lideranças em torno de um objetivo comum: deter a ameaça à democracia representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Boulos, em seu canal no YouTube, respondeu à tese de que a frente ampla seria a de Nunes, com mais partidos. “Frente ampla não se constrói pelo número de partidos. Frente ampla se constrói por uma agregação da sociedade no sentido de valores democráticos”, disse.
Além da aliança com Marta, outros fatores reforçaram a estratégia de nacionalização de Boulos, como a operação da Polícia Federal que mirou Bolsonaro e deu munição para que o psolista ligasse Nunes às estratégias golpistas.
A estratégia de Ricardo Nunes
Nunes e o MDB, por sua vez, buscam construir o que chamam de “verdadeira frente ampla”, mas em um contexto diferente. Ambos enfatizam a necessidade de uma aliança contra a “extrema esquerda”, destacando as questões locais e buscando atrair desde partidos de centro-esquerda até representantes da direita moderada.
O embate entre os dois candidatos reflete uma polarização não apenas nacional, mas também local. Enquanto Boulos almeja capitalizar a oposição a Bolsonaro na capital paulista, Nunes e o MDB tentam desvincular o pleito municipal da disputa em âmbito nacional.
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